Há muitos anos atrás eu escrevi um poeminha que se chamava Pupa. Veja, à época eu tinha um fotolog ou blog (não lembro qual dos dois, pois já tive ambos) de poesias de autoria própria. Infelizmente num rompante, eu deletei blogs e arquivos com as tais poesias na esperança de romper com um passado que considerava triste e desejava esquecer. Avancemos o tempo: valeu como quase um "rito de passagem", mas hoje sinto falta de minhas criações, e daria dinheiro para tê-las todas de volta. Algumas eram até boas!
Bem, nessa época as pessoas costumavam fazer comentários pertinentes sobre o que outras publicavam. Não havia essa interação que tornou tudo automático e impessoal, o famigerado "like". Mas não houve nenhuma resposta a esse meu poeminha. Eu adorava quando as pessoas pegavam a ideia do que eu tinha escrito, ou chegavam pra mim com alguma interpretação própria. Mas nada, nenhuma interação! Quando isso acontecia, eu imaginava que ninguém tinha entendido nada, e ficava triste. Nem passava pela minha cabeça que era uma criação ruim, porque eu considerava boa.
Infelizmente não lembro bem dela, apenas da ideia geral. Como boa narcisista que sou, falava, claro, sobre mim. Eu me comparava a uma lagarta, sabe aquela fase indesejada, larva de borboleta, considerada peste? Pois bem, faminta ela devora tudo o que pode, pra ter energia ao criar o casulo e ficar lá quietinha até ressurgir como uma borboleta, mas não antes de lutar muito pra sair do casulo e assim, fortalecer suas asas, ferramentas indispensáveis a uma borboleta.
Hoje pela manhã, enquanto cuidava dos bichos eu pensava a respeito da comparação que tinha feito nesse poeminha. E de como me é ainda mais real hoje, mas estendido ao ser humano, como indivíduo. Uma reflexão a partir do meu entendimento de vida, é verdade. Mas acho válido escrever aqui. Na infância e adolescência podemos ser como uma lagarta, nossa única preocupação é o nosso próprio bem estar, por vezes nem nos passa pela cabeça o sacrifício que os nossos cuidadores, por exemplo, fazem por nós. Afinal, damos tudo por garantido como nosso direito, e acabamos sendo ingratos e até reclamando se as coisas não são do jeito que desejamos. Quando adultos é que a realidade começa a nos pegar, e muitas vezes nos vemos com a necessidade de considerar o outro além de nós mesmos. Seja por conveniência, necessidade ou amor, o fazemos. Ao precisarmos amadurecer, o caminho se volta para o interno, e tudo deve ser considerado. Pensamos o porquê, e pesamos consequências. Se obtivermos sucesso nisso, ainda nessa fase emergimos como borboletas do casulo, depois de enfrentar várias e longas batalhas internas. À época, eu jurava que era uma pupa, a borboleta em fase de casulo, mas eu ainda era uma lagarta, uma peste que só considerava suas próprias vontades e satisfações. Hoje eu me considero pupa, cada vez mais me voltando pra dentro, tentando ser melhor. Não creio que serei uma borboleta nessa vida, mas vou morrer tentando!
P.S.¹: Um apelo aos que me conhecem desde os primórdios da internet por aqui. Se qualquer um de vocês tiverem qualquer poema (ou coisa do tipo) de minha autoria, me faria uma criatura muito feliz poder lê-los novamente. Não se acanhem em me procurar. Obrigada!
P.S.²: Eu consegui lembrar de umas duas, se não me engano, e as reescrevi de memória na íntegra. Depois posso publicar aqui, se eu as achar.
terça-feira, 27 de novembro de 2018
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
É que Narciso acha feio o que não é espelho...
Por muito tempo eu só conseguia "amar" o que era idêntico (no mínimo similar) a mim. Pessoas com crenças diferentes, com gostos diferentes, eram pessoas com quem eu não desejava nenhum tipo de convívio, e não apenas isso, mas eram pessoas que eu não conseguia me abrir, ao menos para conhecer. E foi assim que eu acabei me isolando mais e mais, a ponto de não ter por perto nem as pessoas que amo. Minha desculpa é que ELAS não me entenderiam, ELAS me julgariam e não gostariam de mim. Quando na verdade era eu quem não as entendia, eu que as julgava e que não gostava de tê-las por perto.
Tudo começou a mudar quando eu notei que repetia com minha irmã o padrão de relacionamento que minha mãe tinha comigo. Não entendia porque ela era tão diferente de mim, logo ela deveria estar errada, claro! Tentava moldá-la à minha imagem, me frustrava e então me afastava. Quando o que ela mais precisava era de alguém pra apoiá-la. Como precisei da nossa mãe quando tinha a idade dela. Mas no meu caso, nessa idade, eu ainda tinha uma mãe, ela não!
Eu entendi a tempo o que se passava, e consegui recuperar um relacionamento que de outra forma, não mais existiria. E é um dos blocos na minha vontade de melhorar. E com certeza é uma das pessoas que mais amo no mundo. Eu a amo do jeitinho que ela é, e principalmente por isso. Por ela ser ela mesma, genuína, e completamente diferente de mim.
Outra história tão esdrúxula quanto essa, é que no início do relacionamento com meu esposo, eu achei que não daríamos certo porque ele gosta de música eletrônica. Vê se pode?! Nós temos um universo de similaridades, mas ele gostava de música eletrônica (que à época eu não gostava) além das músicas que eu gostava. Ridículo! E por essa eu devo agradecer a uma moça amiga de amigas minhas, com quem fui pra um show em Laranjeiras em 2011, por dar na minha cara com a realidade de quão estúpido era esse parâmetro.
O fato é que é normal que nos aproximemos mais de pessoas parecidas com a gente. Mas ao nos afastar de pessoas diferentes, estamos perdendo oportunidades. Oportunidade de conhecer coisas novas, de gostar de outras coisas, além das coisas que já conhecemos e gostamos. E perdemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e únicas do seu próprio jeito.
E eu tenho pensado muito nisso agora, porque estou fazendo um curso de corte e costura com mulheres maravilhosas, e TODAS bem diferentes de mim. E hoje eu soube que o curso poderia ter parado por agora, e eu não as veria mais. E a realidade é que como não temos muita coisa em comum, dificilmente alguém iria querer a amizade dessa coisinha estranha que sou. E mesmo que o curso acabe hoje, ou daqui a um ou dois meses, eu vou sentir muita falta delas. Sentirei falta até de discordar delas.
E assim uma reflexão virou uma declaração à minha turma e professoras. Obrigada pelo carinho e atenção toda semana. Espero aproveitar bem o tempo com vocês. Vejo vocês segunda! ;)
Tudo começou a mudar quando eu notei que repetia com minha irmã o padrão de relacionamento que minha mãe tinha comigo. Não entendia porque ela era tão diferente de mim, logo ela deveria estar errada, claro! Tentava moldá-la à minha imagem, me frustrava e então me afastava. Quando o que ela mais precisava era de alguém pra apoiá-la. Como precisei da nossa mãe quando tinha a idade dela. Mas no meu caso, nessa idade, eu ainda tinha uma mãe, ela não!
Eu entendi a tempo o que se passava, e consegui recuperar um relacionamento que de outra forma, não mais existiria. E é um dos blocos na minha vontade de melhorar. E com certeza é uma das pessoas que mais amo no mundo. Eu a amo do jeitinho que ela é, e principalmente por isso. Por ela ser ela mesma, genuína, e completamente diferente de mim.
Outra história tão esdrúxula quanto essa, é que no início do relacionamento com meu esposo, eu achei que não daríamos certo porque ele gosta de música eletrônica. Vê se pode?! Nós temos um universo de similaridades, mas ele gostava de música eletrônica (que à época eu não gostava) além das músicas que eu gostava. Ridículo! E por essa eu devo agradecer a uma moça amiga de amigas minhas, com quem fui pra um show em Laranjeiras em 2011, por dar na minha cara com a realidade de quão estúpido era esse parâmetro.
O fato é que é normal que nos aproximemos mais de pessoas parecidas com a gente. Mas ao nos afastar de pessoas diferentes, estamos perdendo oportunidades. Oportunidade de conhecer coisas novas, de gostar de outras coisas, além das coisas que já conhecemos e gostamos. E perdemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e únicas do seu próprio jeito.
E eu tenho pensado muito nisso agora, porque estou fazendo um curso de corte e costura com mulheres maravilhosas, e TODAS bem diferentes de mim. E hoje eu soube que o curso poderia ter parado por agora, e eu não as veria mais. E a realidade é que como não temos muita coisa em comum, dificilmente alguém iria querer a amizade dessa coisinha estranha que sou. E mesmo que o curso acabe hoje, ou daqui a um ou dois meses, eu vou sentir muita falta delas. Sentirei falta até de discordar delas.
E assim uma reflexão virou uma declaração à minha turma e professoras. Obrigada pelo carinho e atenção toda semana. Espero aproveitar bem o tempo com vocês. Vejo vocês segunda! ;)
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Maneiras de se convencer a agir
Há anos venho dizendo que quero ser produtiva, mais amigável, enfim, mais viva! Bem recentemente, estava desesperada, não conseguia funcionar nem para coisas básicas. A internet, que sempre foi meu ponto de apoio e aprendizado, também é o meu vórtice de procrastinação. Anos e anos gastos pesquisando, lendo, vendo vídeos e tutoriais de como fazer de um a tudo. Nunca parando pra realmente me aprofundar em FAZER alguma coisa. Ao invés disso, me contentava em ver outros fazendo. Isso não é lógico! É preciso mudar!
Sempre fui muito autocrítica, e me encarregava de me estapear metaforicamente (e as vezes até literalmente) por coisas que deveria ter feito, e coisas que não deveria ter feito. Mas, estou tentando ser mais gentil comigo mesma. Parar de me criticar tanto, e me pré-ocupar tanto do futuro. Preceitos de mindfulness (meditação) que tenho aprendido e empreendido o quanto posso em minha vida. Mas talvez eu estivesse sendo muito gentil... Os princípios de mindfulness nos dizem pra não nos punir por termos nossos pensamentos desviados enquanto tentamos meditar, e nos guiar à concentração novamente. Bem, eu só não me punia, mas continuava a alimentar pensamentos monstros e hábitos horríveis, como procrastinar, reclamar de tudo e dormir o máximo de tempo que podia. A vida é o que a gente faz dela.
Outro conceito que sempre soou um alarme dentro de mim é o de self indulgence (ou autocomplacência), que significa sempre se perdoar e se gratificar. Pois bem, dar um tapinha nas próprias costas e continuar a fazer o mesmo erro é o que me deixa mal, cansei! Isso não quer dizer que não posso me perdoar, mas que ao me perdoar, eu me corrija, exatamente como funciona na meditação.
E é basicamente isso que tenho feito nos últimos dias. Estou torcendo pra ser uma daquelas resoluções de mudança de vida, e não só eu tendo mais uma crise de hipomania.
Mas, pra quem se importa, aí vão algumas metas recém pensadas (e algumas iniciadas):
P.S.¹: Ah, eu descobri que alguém lê esse blog (não só os bots do Google), como não sei se posso revelá-la aqui, vai ficar anônima. Mas vai minha gratidão pelas palavras generosas. Espero trazer algo útil pra outras pessoas além de mim mesma. Um beijo pra você que me lê!
P.S.²: Eu comecei a ler novamente o livro Atenção plena – Mindfulness: Como encontrar a paz em um mundo frenético de Danny Penman, Mark Williams. Eu acho que todo mundo deveria meditar, e eu acredito que um dia, todo mundo fará isso. Será primordial para a saúde, como academia e Yoga são hoje. Outras sugestões são os apps de meditação Head Space (não sei se tem em português) a voz dele é perfeita, aqui está o canal com animações fofas e o voiceover dele , só pra você ter uma noção e querer mais https://www.youtube.com/user/Getsomeheadspace, o app Cíngulo: Autoconhecimento, que mescla exercícios, meditação guiada e autoconhecimento para amenizar e ajudar em crises de ansiedade, estresse ou desanimo e o app Daylio: Diário - Controle de humor, uma forma super prática e simples de monitorar seu humor e manter um diário com atividades mostradas por símbolos que você mesmo escolhe, tudo é personalizável e prático. Todas essas dicas de quem recentemente ficou sem Android, e não sente falta nenhuma. To muito bem no mundo offline, e eventualmente usando o PC, na maior parte pra pesquisas e blogar mesmo.
Sempre fui muito autocrítica, e me encarregava de me estapear metaforicamente (e as vezes até literalmente) por coisas que deveria ter feito, e coisas que não deveria ter feito. Mas, estou tentando ser mais gentil comigo mesma. Parar de me criticar tanto, e me pré-ocupar tanto do futuro. Preceitos de mindfulness (meditação) que tenho aprendido e empreendido o quanto posso em minha vida. Mas talvez eu estivesse sendo muito gentil... Os princípios de mindfulness nos dizem pra não nos punir por termos nossos pensamentos desviados enquanto tentamos meditar, e nos guiar à concentração novamente. Bem, eu só não me punia, mas continuava a alimentar pensamentos monstros e hábitos horríveis, como procrastinar, reclamar de tudo e dormir o máximo de tempo que podia. A vida é o que a gente faz dela.
Outro conceito que sempre soou um alarme dentro de mim é o de self indulgence (ou autocomplacência), que significa sempre se perdoar e se gratificar. Pois bem, dar um tapinha nas próprias costas e continuar a fazer o mesmo erro é o que me deixa mal, cansei! Isso não quer dizer que não posso me perdoar, mas que ao me perdoar, eu me corrija, exatamente como funciona na meditação.
E é basicamente isso que tenho feito nos últimos dias. Estou torcendo pra ser uma daquelas resoluções de mudança de vida, e não só eu tendo mais uma crise de hipomania.
Mas, pra quem se importa, aí vão algumas metas recém pensadas (e algumas iniciadas):
- Fazer agroecologia (agrofloresta, permacultura) - Porque é necessário, gratificante, e é mexendo na terra, vendo as plantas e árvores crescendo, as joaninhas, e insetos que nunca vi antes, pássaros e aves que nem conhecia... É assim que eu me sinto viva e bem. É quando to sentada, agachada ou ajoelhada no chão, reverenciando a mãe natureza, com a mão na terra, que olho pro céu e sinto aquela alegria enorme de viver que dá até vontade de chorar. A alegria da conexão com a natureza. O plus disso é ter alimento sem agrotóxico. Comer mais legumes, verduras e frutas, coisas que amo! E acredite, tudo é muito mais saboroso quando a gente mesmo que plantou, colheu e preparou. Isso sim é riqueza!
- Ter uma vida social - Eu sei, eu estou engatinhando para ter relações saudáveis com familiares, amigos e conhecidos. E eu quero ter pessoas por perto. Quero poder ajudar pessoas também.
- Criar um negócio - Todos esses anos, e eu nunca senti necessidade de ganhar dinheiro. Sempre me contentei com pouco, e sempre fui muito insubordinada pra ter um trabalho formal, com patrão, obediência e tarefas. Eu poderia só cuidar aqui do sítio, dos bichos e das plantas e me dar por satisfeita. Apoiar quem gera renda numa família, também é trabalho, sem sombra de dúvidas. Mas eu quero ser independente financeiramente. Não porque me sinto obrigada. Mas porque quero ter renda também. Quero fazer coisas, as quais não acho correto tirar da renda única que temos para sobreviver, mas quero ter essas experiências, e quero promover certas coisas, e aí só com dinheiro mesmo. Já até estou pensando no que fazer. Por enquanto a ideia é um zigoto, mas é mais promissora do que as que tive no passado. Não me fará rica, tem potencial de agregar outras pessoas, e casa com o estilo de vida que venho conquistando aos poucos, e do qual falarei a seguir.
- Sustentabilidade - Porque nós consumimos muito mais do que o planeta pode nos oferecer de forma saudável pra ele, e para todos os seres vivos que ele contém. É por isso que não dá mais para viver sem pensar nas consequências de nossas ações. E eu venho pensando muito sobre isso, e me martirizando a respeito. Mudando hábitos e atitudes. E é crescente. O que eu ainda não consegui fazer, tipo: parar de aceitar copos descartáveis, sacolas plásticas, canudo plástico, guardanapo, enfim, parar de gerar tanto lixo, é minha prioridade agora! É possível viver sem gerar nenhum lixo, reaproveitando TUDO, tudo mesmo! Mas, eu posso nunca chegar a esse nível, alguns sacrifícios podem ser demais pra mim. Mas certamente a maioria, nem é demais, e é até muito mais benéfico do que só usar algo sem me questionar sobre. Eu adoro reutilizar algo que iria pro lixo, ou ser a receptora de algo que não tinha mais serventia pra outra pessoa, criar algo útil de algo que iria prejudicar a natureza ou outras pessoas... Depois eu posso escrever sobre isso por aqui. Sobre nossas aventuras com compostagem e minimalismo, por exemplo.
P.S.¹: Ah, eu descobri que alguém lê esse blog (não só os bots do Google), como não sei se posso revelá-la aqui, vai ficar anônima. Mas vai minha gratidão pelas palavras generosas. Espero trazer algo útil pra outras pessoas além de mim mesma. Um beijo pra você que me lê!
P.S.²: Eu comecei a ler novamente o livro Atenção plena – Mindfulness: Como encontrar a paz em um mundo frenético de Danny Penman, Mark Williams. Eu acho que todo mundo deveria meditar, e eu acredito que um dia, todo mundo fará isso. Será primordial para a saúde, como academia e Yoga são hoje. Outras sugestões são os apps de meditação Head Space (não sei se tem em português) a voz dele é perfeita, aqui está o canal com animações fofas e o voiceover dele , só pra você ter uma noção e querer mais https://www.youtube.com/user/Getsomeheadspace, o app Cíngulo: Autoconhecimento, que mescla exercícios, meditação guiada e autoconhecimento para amenizar e ajudar em crises de ansiedade, estresse ou desanimo e o app Daylio: Diário - Controle de humor, uma forma super prática e simples de monitorar seu humor e manter um diário com atividades mostradas por símbolos que você mesmo escolhe, tudo é personalizável e prático. Todas essas dicas de quem recentemente ficou sem Android, e não sente falta nenhuma. To muito bem no mundo offline, e eventualmente usando o PC, na maior parte pra pesquisas e blogar mesmo.
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Mudaram as estações...
Por Enquanto - Legião Urbana
Mudaram as estaçõesE nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém, só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa
Eu fico cantarolando músicas para me conformar... Essa é a mais recente. Eu não tenho saúde mental para lidar com todas as notícias preocupantes, todos os disparos de violência e violações validados por discursos de ordem e ódio. Estou muito desanimada e preocupada com as minorias, o meio ambiente e o futuro de todos nós. Sim, eu quero, mais do que nunca, estar errada sobre todas essas minhas preocupações, mas é pintar nas mídias sociais e ser bombardeada por alardeamentos de arrepiar. Como fiz a escolha de um pouco antes das eleições não usar o Instagram, estou fazendo a escolha de voltar a me afastar do Facebook. Não dá! Eu quero ser forte, ser resistência, apoiar outras pessoas. Mas minha paranoia, minha empatia não deixam. Eu sinto dor fisicamente e estou em estado constante de alerta. Eu realmente não tenho saúde mental para isso! Mas quero ter.
Continuarei escrevendo por aqui, pois isso contribui pra minha sanidade. Quando escrevo me entendo, me acalmo... É isso!
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