Já tive as mais diversas crises desde que essa pandemia se instaurou. O que tem mantido minha relativa sanidade é manter contato com os professores do meu curso, e algumas atividades aqui e acolá, meus encontros online com meu terapeuta, e minha contínua busca por conhecimento, em especial autoconhecimento.
Lendo sobre pós junguianos, me deparei com o James Hillman, e em seguida com a menção de Ecopsicologia pela primeira vez. Eu me entusiasmei por entender naquele instante, ser o casamento da psicologia com a ecologia, dois dos meus assuntos preferidos.
Lendo sobre pós junguianos, me deparei com o James Hillman, e em seguida com a menção de Ecopsicologia pela primeira vez. Eu me entusiasmei por entender naquele instante, ser o casamento da psicologia com a ecologia, dois dos meus assuntos preferidos.
Vi alguns vídeos do James Hillman falando a respeito, mas pra compartilhar essa novidade, eu precisava de conteúdo em português. Encorajada pela minha professora de Ética e meio ambiente, eu fui em busca. Não foi nada difícil encontrar bastante conteúdo, em forma de vídeo no Youtube, do psicólogo e teósofo brasileiro Marco Aurélio Bilibio. E até um site dedicado https://ecopsicologiabrasil.com/. De início eu estava fascinada, e vendo todos os vídeos de suas palestras e entrevistas. Agora eu to tentando agir com mais parcimônia e levar um tempo pra pensar a respeito do que ouvi. Já há alguns dias não vejo um inédito. No último vídeo seu é que notei, até pela fala dele, que, apesar da ecopsicologia ser um estudo recente, é centrada no conhecimento ancestral dos povos originários dos continentes invadidos, como também nas filosofias e religiões orientais, como o Taoismo, por exemplo. E por tanto, eu deveria me aprofundar nessas leituras e experiências.
Antes de conhecer a Ecopsicologia, minha meta era ensinar Agroecologia, e assim enriquecer a vida das pessoas, com todas as possibilidades que a Agroecologia possibilita, tendo uma escola, ou mesmo ensinando em lugares diversos, mas definitivamente tendo um ambiente modelo. Agora tenho também a intenção de promover além do ensino ambiental, o bem estar humano, através da ecopsicologia, e dos conceitos de unidade com a mãe terra. E há a possibilidade, já que há cursos de formação, e até planos para um curso de pós-graduação. Não fosse a impossibilidade no momento, nem as incertezas, estaria me planejando pra seguir pra Brasília e aprender. Mas, tudo a seu tempo!
Daí, ontem o Youtube me sugeriu um documentário chamado "The Earthing Movie: The Remarkable Science of Grounding", e eu respondi assistindo. Inicialmente achei que seria sobre o processo degradação do planeta, eu não li nem o título inteiro. O vídeo começa seguindo um casal de cineastas e ativistas ambientais sofrendo as consequências por ter se exposto a um químico, enquanto gravavam sobre um grande vazamento de óleo. Depois, em busca de cura (ou melhora de vida) para a filhinha deles. E aí é que o filme realmente começa, nos contando a história de como, um dos autores do livro "Earthing: The Most Important Health Discover Ever" chegou a conclusão que usar sapatos nos isola do campo magnético da Terra, e nos inibe de trocar energia com nosso planeta, e de como isso é prejudicial para a nossa saúde.
É de se esperar que, no mundo atual, a ideia de que algo tão simples quanto ficar descalço possa melhorar nossa saúde é de, no mínimo se desconfiar. Mas como é fácil de testar, e se não há nenhum obstáculo, não haverá nenhuma contra indicação também (exceto em espaços urbanos). O intuito é ficar descalço, ou pelado se puder deitar no chão, e ter contato pele com terra, ou grama, ou pedra. Os autores do livro e adeptos da prática afirmam que esse ato tão simples tem poder de amenizar inflamações. E inflamações são as causas mais comuns dos sintomas que tendemos a tratar com remédios farmacológicos, sem ao menos saber sua causa. Um outro dado que recordei durante o filme, é que inflamações, seja onde for, estão ligadas à quadros de depressão.
Ontem mesmo experimentei ir a um lugar mais ou menos isolado do sítio, largar os chinelos e meditar de pé no chão e com a cara pro sol, debaixo das árvores. Foi delicioso, e eu me perguntei porque não é sempre assim que medito. Não sei se por consequência de ficar feliz com mais essa forma de reconectar com a terra, ou do ato em si, mas eu me senti mais calma e centrada ontem. E hoje, levantei mais cedo que o que costumo durante essa quarentena, e fui fazer algumas pequenas coisinhas pelo sítio. Mas eu precisava falar sobre isso com vocês, então passei um tempo fazendo outras amenidades, e agora estou aqui.
É de se esperar que, no mundo atual, a ideia de que algo tão simples quanto ficar descalço possa melhorar nossa saúde é de, no mínimo se desconfiar. Mas como é fácil de testar, e se não há nenhum obstáculo, não haverá nenhuma contra indicação também (exceto em espaços urbanos). O intuito é ficar descalço, ou pelado se puder deitar no chão, e ter contato pele com terra, ou grama, ou pedra. Os autores do livro e adeptos da prática afirmam que esse ato tão simples tem poder de amenizar inflamações. E inflamações são as causas mais comuns dos sintomas que tendemos a tratar com remédios farmacológicos, sem ao menos saber sua causa. Um outro dado que recordei durante o filme, é que inflamações, seja onde for, estão ligadas à quadros de depressão.
Ontem mesmo experimentei ir a um lugar mais ou menos isolado do sítio, largar os chinelos e meditar de pé no chão e com a cara pro sol, debaixo das árvores. Foi delicioso, e eu me perguntei porque não é sempre assim que medito. Não sei se por consequência de ficar feliz com mais essa forma de reconectar com a terra, ou do ato em si, mas eu me senti mais calma e centrada ontem. E hoje, levantei mais cedo que o que costumo durante essa quarentena, e fui fazer algumas pequenas coisinhas pelo sítio. Mas eu precisava falar sobre isso com vocês, então passei um tempo fazendo outras amenidades, e agora estou aqui.
Algumas palavras da minha professora de Ética e meio ambiente sobre propósito, e uns reflexos que fiz ao assistir o filme e perceber o processo que levou o Clint Ober a esse conceito da necessidade da conexão com a Terra, além da palestra no TED Talk do ativista e Jardineiroguerrilheiro, como ele se define, Ron Finley, que está mudando a saúde, os hábitos e a cara de sua comunidade na periferia de Los Angeles, me fizeram concluir que a experiência de cada indivíduo nessa Terra é única. Com elementos que não se repetirão da mesma forma em outra vida, e isso nos dá a possibilidade de enxergá-la e servi-la de forma única. Não pense que não há nada que possa fazer de bom. Como uma célula nesse organismo vivo, todos temos nosso próprio papel. Não abdique ao dever que é também o seu direito!
Vídeo do Youtube, entre palestras e entrevistas com o psicólogo e teósofo Marco Aurélio Bilibio:
Documentário Earthing no Youtube em inglês, não encontrei com legendas:
https://www.youtube.com/watch?v=44ddtR0XDVU&t=24s
TED Talk do jardineiro guerrilheiro Ron Finley com legendas:
https://www.youtube.com/watch?v=EzZzZ_qpZ4w
TED Talk do jardineiro guerrilheiro Ron Finley com legendas:
https://www.youtube.com/watch?v=EzZzZ_qpZ4w
Estou muito feliz em vê-la voltando a escrever. A vida é mesmo fascinante e simples, ao mesmo tempo. Está fazendo bem seu "próprio papel"
ResponderExcluirMuito obrigada professora! Inspirou não só o texto, como uma possível mudança de pensamento, e consequentemente de comportamento.
ExcluirVocê escreve bem, como era de se imaginar!
ResponderExcluirE acrescento que andar descalço faz muito bem para a musculatura dos pés, é uma massagem, especialmente andar sobre as pedras. Boas novas descobertas e obrigado pelo seu texto e blogue!
Marcelo, você sempre muito generoso!
ExcluirSentir os relevos das pedras, quando não muito agudas, é mesmo uma delícia. Eu tenho prazer em coisas simples como passar pela marcação guia nas calçada pra pessoas com deficiência visual. De rasteirinha, ou mesmo de All star, eu conseguia aproveitar esses momento.
Obrigada! A gente tá sempre descobrindo algo novo e fascinante né?! A vida vale muito a pena. Especialmente com pessoas tão queridas com quem partilhar essas descobertas e prazeres!
Contato: este é o segredo! Até que se realize o contato e tudo é-nos, simplesmente, revelado! Parabéns pelas pequenas grandes descobertas, Samara, e pela sua forma de redigir, também!
ResponderExcluirContato, conexão, são as palavras mais importantes pra mim. Sempre foram, mesmo antes dessa pandemia. E não tanto as palavras, mas a ação de estar em conexão com as pessoas e com o que faço. Desde que descobri a divindade da natureza, a conexão com ela parece ainda mais importante e se faz mais necessária.
ExcluirObrigada pela leitura e comentário!
Isso é que chamo de alguém com os pés no chão.
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