sexta-feira, 29 de março de 2019

O que realmente é uma Utopia?

Meses atrás (mais parecem anos), eu me deparei com um conceito muito interessante, que me convenceu completamente à época. Eu estava assistindo TED Talks no Youtube, quando me deparei com a palestra de um jovem historiador holandês, Rutger Bregman. Ele estava divulgando seu livro "Utopia Para Realistas" que discorre sobre três ideias, que apesar de radicais, não são nada novas. São elas: Open Boards, fronteiras abertas, Jornada de trabalho de 15 horas semanais, e a mais popular, UBI, do inglês Universal Basic Income (traduzindo grosseiramente seria algo como renda básica universal), e é nisso que iremos nos concentrar nesse texto.

A primeira vez que você ouve falar dessa ideia, ela parece absurda. Pois consiste em simplesmente dar uma quantidade de dinheiro a todo mundo, das pessoas que não tem dinheiro algum, até o milionário, e a mesma quantidade, por isso o universal. E isso, sem que elas tenham feito nada para receber esse dinheiro. Sem que necessitem de qualquer condição para esse benefício. A primeira coisa que podemos pensar é: as pessoas vão se tornar batatas de sofá e vão gastar todo o dinheiro com drogas e coisas fúteis e autodestrutivas. Pois Bem, a isso Bregman nos lembra que nós temos uma tendência cada vez mais acentuada de esperar o pior do ser humano. Afinal de contas, tantos exemplos nos noticiários são a prova disso, não? Prepare-se para admitir que você pode estar vendo o mundo por lentes muito pessimistas. Porque a verdade é que os noticiários nos mostram são as exceções, não a regra. São recortes do mundo, que funcionam de forma oposta ao Instagram por exemplo. E eles servem um propósito, o de nos informar sobre algo que não está funcionando como deveria, algo que está fora da curva da normalidade, certo?! Por que iriam reportar o ordinário?! O normal não é notícia, é norma, é o esperado. Pois bem, tendo deixado isso claro, há inúmeras evidências positivas advindas de experimentos com UBI dos anos 1960s até hoje. Inclusive, os Estados Unidos iriam implementar isso nos anos 1970s, enquanto Nixon era presidente. Era uma ideia bem aceita, até pelos conservadores, e tinha-se como quase certa. Tanto, que os democratas foram os responsáveis pela sua não aprovação no senado. Eles eram contra? Não, em absoluto! Apenas achavam que o valor poderia ser mais alto. Então fez-se um experimento em Seattle, e a conclusão foi bastante positiva, porém com um resultado preocupante, um aumento no número de divórcios durante o experimento. Você pode pensar que faz todo sentido, já que muitas mulheres tendo sua independência financeira, poderiam repensar seus relacionamentos, certo? Bem, foi isso que os conservadores da época pensaram, e a ideia foi morta por lá. Porém, dez anos depois foi descoberto que foi cometido um erro na análise desses dados, e o número de divórcio não aumentou. Mas já era tarde, e uma onda conservadora havia dominado a cena política mundial, quase como o momento que vivemos agora.

Mas o que exatamente significa uma renda básica universal? Bem, significa não ter que se preocupar com o básico necessário para sobreviver. Com saúde e educação garantidos pelo estado, seriam coisas como alimentação, abrigo, vestimenta... O motivo pelo qual muitos de nós nos vemos obrigados a trabalhar em empregos que não gostamos, empregos que não acrescentam em nossa vida, e que não contribuem para um mundo melhor. Seria uma quantidade de dinheiro suficiente para que ficássemos, apenas com ele, acima da linha de pobreza. Então isso seria variável de país para país. Tendo falado nisso, certamente você imaginou: ninguém iria querer ser gari, por exemplo. Então, aí está mais um pensamento errado. Muitos trabalhos extremamente necessários são mal vistos socialmente, ou até reconhecido de certa forma, mas muito mal valorizados. Quer exemplo? Professores, enfermeiros, e os próprios garis. Bregman então nos conta sobre uma greve dos coletores de lixo de Nova York em 1968. Essa greve durou apenas seis dias, mas foi o suficiente devastadora para que a cidade declarasse estado de emergência, e cedesse às exigências dos grevistas. E então o que ele tem a dizer a respeito desse tipo de emprego é que com o UBI, pessoas que trabalham nessas áreas necessárias teriam poder de barganha para negociar seus salários, e assim teriam finalmente sua importância reconhecida e valorizada.

Quem então financiaria algo como isso? Bem, impostos é claro! Daí você diz, mas os ricos também não receberiam? Sim, mas eles receberiam um e pagariam o equivalente à riqueza que possuísse em retorno. Isso sim é redistribuição de renda! Hoje os países em desenvolvimento, e até os desenvolvidos, ONGs, Instituições de caridade, todos tentam remediar os efeitos da pobreza pelo mundo. Com programas governamentais de assistencialismo, como o nosso bolsa família, e inúmeros projetos que focam em algum dos sintomas da pobreza, tanto por parte do governo como por organizações não governamentais. Mas qual é a causa definitiva da pobreza? A falta de dinheiro! Isso é o que define ser pobre. Gastar todo esse dinheiro com assistencialismo, ao invés de "curar" a causa da necessidade dessas ajudas, não faz o menor sentido. No meio do caminho, muito dinheiro é perdido, por corrupção de políticos, de instituições, ou altos custos de salários das pessoas a frente dessas organizações de caridade, ou de recursos necessários para a implementação desses projetos, que geralmente acontece de forma bastante vertical, digo, um país desenvolvido levando pessoas e auxílio para países em necessidade. Muitas vezes, com total ignorância a respeito da cultura e das necessidades locais. O paternalismo perpetuando algo que de outra forma, e até com menos dinheiro, seria extinguido.

E esse dinheiro voltaria para aquecer a economia. Afinal, o que você faria com uma renda fixa e garantida a mais no seu mês? Certamente você está pensando que compraria livros, viajaria, faria cursos, se alimentaria melhor, seria voluntário em alguma causa, faria investimentos que facilitassem sua vida, começaria um negócio próprio... Enfim, empregaria esse dinheiro no seu crescimento pessoal. Bem, ao menos é nisso que eu penso, e imagino que sejam desejos comuns. Nesse justo momento eu me vejo lamentando falta de recurso para exatamente essas coisas. E quem melhor do que você mesmo para entender suas necessidades, e saber como gastar seu dinheiro?! Aí está o problema do paternalismo do governo ou dos mais ricos e caridosos. Eles pensam que o pobre não deve ter a liberdade de gastar o dinheiro que estão dispostos a destinar a esses, com o que quiser. Porque eles (governo e pessoas ricas), é que sabem melhor do que o pobre precisa. Entende agora o quanto isso é absurdo?! Além do mais, você teria a incrível liberdade de trabalhar com o que desejasse, o que te inspirasse de verdade. Não mais trabalhos sem sentido! Dessa forma, o UBI é um investimento, não uma ajuda. Seria incondicional, então ninguém precisaria provar quão pobre ou incapaz é para ter acesso. É o empoderamento, principalmente daqueles que não tem poder, o poder de se manter. A real solução num país endividado como o nosso. Quando as pessoas se empoderam, elas crescem. Elas não se vêm como um problema, e tendem a buscar soluções para os problemas em suas vidas, e na vida de sua comunidade.

Em suas palestras, Bregman fala sobre bullshit jobs (algo como trabalho sem sentido, sem significado), ele brinca que é um termo acadêmico, que foi cunhado pelo antrópologo David Graeber na sua dissertação "On the Phenomenon of Bullshit Jobs: A Work Rant". Quando o trabalho que a pessoa realiza é percebido, geralmente pela própria pessoa, como insignificante, sem sentido. No mundo contemporâneo e corporativista isso é cada vez mais verdade para muitas pessoas. Pesquisas apontam para números como 40% das pessoas entendendo seus respectivos empregos como desnecessários. Isso é grave! Muitas dessas pessoas estudaram por anos, tem currículos incríveis, e se vêm o dia inteiro sentados numa sala, na frente de um computador, como o próprio Bregman diz, escrevendo e-mails pra pessoas que não gostam, e relatórios que ninguém lerá. Ou seja, desperdiçando seus verdadeiros potenciais. Como a infame frase que o cientista de dados Jeffrey Hammerbacher disse certa vez numa entrevista "As maiores mentes da minha geração estão ocupadas pensando em como fazer as pessoas clicarem em anúncios". Sentiu o drama?! Você já parou pra pensar o quanto gera de faturamento para empresas que vivem de anúncios e comércio de dados, como Google e Facebook? Com bilhões de usuários mundo afora, essas companhias usam nossos dados, que entregamos voluntariamente, para nos bombardear com anúncios feitos especialmente para o público alvo ao qual pertencemos. É a nossa parcela por usar seus serviços "grátis". Mas quão gratuitos eles são realmente? E o que exatamente servem ao mundo, além do aumento do consumismo? Acabamos com nossos bolsos, e nós mesmos, cada vez mais vazios, enquanto nos rodeamos de produtos que não precisamos, para impressionar pessoas das quais não gostamos, como diz o Bregman em suas palestras.

Então por que é tão difícil tornar essa ideia realidade? Bem, além do pré conceito geral de que nós humanos somos aproveitadores inerentes, talvez a burocracia política. Veja bem, em muitas partes do mundo as pessoas dizem se importar com os pobres, afinal, se você não se importa, você não tem coração. Mas a verdade é que os políticos usam a pobreza como plataforma em suas campanhas. E em muitos lugares, a ignorância, que é um dos resultados da falta de recurso para conseguir, e até desejar, informações confiáveis, é uma vantagem na política partidária. E os ricos usam os pobres para se sentirem bem consigo mesmos, e até para se engrandecer perante seus semelhantes. Então por que acabar com algo que lhe serve como ferramenta? Junte a isso o paternalismo e receio de grandes mudanças, é claro. Creio que essas, entre outras coisas que me fogem no momento.

Por fim, Bregman sempre bate na tecla de que utopias são só ideias que parecem muito fora da caixinha no momento. Mas que eventualmente elas se tornam realidade. Como o fim da escravidão nas Américas, a democracia, e a independência feminina (ainda em andamento) no mundo ocidental. Acredito que essas ideias devem acontecer, espero que num futuro próximo, e de forma gradual. Nós vivemos num mundo mais rico hoje do que em qualquer momento da História. Seria perfeito ver essa riqueza traduzida em abundância, deixando pra trás a escassez que assola boa parte do mundo ainda hoje.

Sobre a quase implementação do UBI nos Estados Unidos.
https://thecorrespondent.com/4503/the-bizarre-tale-of-president-nixon-and-his-basic-income-bill/173117835-c34d6145

On the Phenomenon of Bullshit Jobs: A Work Rant by David Graeber
https://strikemag.org/bullshit-jobs/


Quanto dinheiro o Facebook ganha com você (e como isso acontece) (matéria de 2016)
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-37898626

Palestras e entrevistas com Bregman

https://www.youtube.com/watch?v=3x2vh5eMjGI

https://www.youtube.com/watch?v=5r3kpyp0qs0

https://www.youtube.com/watch?v=QbTWxFwuQtM

https://www.youtube.com/watch?v=ydKcaIE6O1k

https://www.youtube.com/watch?v=aIL_Y9g7Tg0



quarta-feira, 27 de março de 2019

Movimento instrumental

Vivemos um momento da história rico em possibilidades de mudança. Mudanças são importantes e necessárias. Afinal, "água parada cria limo", no máximo mosquito da dengue, certo? Ou seja, nada de positivo vem da estagnação. E isso é lógico porque há um movimento que deve nos guiar. Como água que segue até o mar, nós passamos por vários lugares diferentes, situações diferentes, estados diferentes. Mesmo que você passe no mesmo lugar duas vezes, algo vai ser diferente da segunda vez. 

Você é uma pessoa diferente todos os dias, as células no seu corpo gradativamente se multiplicam e morrem, com intervalos diferentes pra cada sistema. Em apenas cinco dias você tem todas as células do estômago e intestino renovadas, e em 10 anos, o ciclo de renovação das células do seu esqueleto se completa. Mas todo dia há em você fins e inícios de vida de uma infinidade de células - e até de outros seres, como as bactérias e fungos que nos colonizam e tornam possível nossa vida. Então por que achar que nossa vida será sempre a mesma? Que nossos pensamentos são imutáveis? 

O que torna a vida viável é o movimento, seja de átomos ou de nossos corpos. Iniciando com movimentos pequenos que vão viabilizando movimentos cada vez maiores. Quando aprendemos a andar: um pezinho na frente do outro, não estamos pensando em correr maratonas. Mas um dia isso se torna possível para a maioria de nós. Na natureza tudo se move, mesmo quando seu movimento não nos é óbvio inicialmente, como nas plantas por exemplo. Elas se movem em busca do sol, ou até em resposta a estímulos mecânicos. E como qualquer outro ser, elas crescem, e expandem seu território. Devagar e sempre.

Não somos um projeto acabado, estamos em constante evolução. Nos movemos em direção a alguma coisa. E a jornada é mais importante do que a chegada. No caminho é que temos a felicidade, não necessariamente no nosso objetivo. Com isso em mente, não se prenda ao que você pensou que era hoje quando acordou. Você está em constante mudança, recrie-se! 

Seja curioso, se interesse pela vida, pelo outro, por você. Não tente fazer o outro te amar, ame-o, ame-se, sem querer em troca, só se dar. 


segunda-feira, 11 de março de 2019

Seja seu melhor melhor amigo

Hoje eu acordei me sentindo abatida, sem vontade de fazer nada, sabe? Fui fazer xixi, com a bexiga doendo de segurar por tantas horas enquanto dormia. E apesar de já ser quase hora do despertador tocar, resolvi ficar em silêncio pra não acordar o Edson, mas não voltei pra cama. Ao invés disso, peguei meu celular reserva, um velho Windowsphone de guerra, idêntico ao primeiro celular novo que possui na vida, mas que não é o meu, e sim de um amigo que foi gentil ao emprestá-lo quando precisamos. Com o celular em mãos, abri o navegador e acessei o YouTube. Um vídeo aleatório de coisas zero waste (posso traduzir de forma grosseira para "zero lixo", mas não é um bom nome pro movimento, pois é quase virtualmente impossível não gerar lixo algum) que uma garota randômica achava que não fazia sentido gastar dinheiro com. E usar o YouTube pra fugir de minhas tarefas foi tudo o que fiz pelo resto do dia. A única pausa que tirei, até Edson chegar tardiamente do trabalho, foi para colocar água pra todos os bichos. Essa maratona de vídeos que foram basicamente besteirol atrás de besteirol, e me acompanharam durante meus afazeres mundanos, como cozinhar e comer... culminou nos vídeos de uma moça americana falando em como sobreviver aos 20s, e já era noite.

Eu, que já tenho mais de trinta, me vi impelida - provavelmente por conta da foto na miniatura, dessa garota com olhos estranhamente enormes e lindos - não correspondente a realidade, inclusive - a clicar "só mais essa vez", e assim assisti um vídeo de mais de vinte minutos dela falando sobre problemas bem reais pra mim, nos meus trinta e um anos. E provavelmente, reais pra você que está me lendo também. Essa garota maravilhosa, que provavelmente tem vinte e poucos, e mora nos Estados Unidos, parece comigo, por quê? Será que todos sofremos das mesmas aflições nesse mundo contemporâneo? Hummm! Daí lembrei que tinha prometido publicar um texto aqui como segunda parte da ideia que eu estava desenvolvendo da última vez que postei. Seria algo que trataria basicamente do que ela falava. Mas de quando escrevi aquele texto para agora, eu já tenho novas ideias de como lidar com esse "problema", ou melhor: conjunto de problemas.

Primeiro, seja seu melhor melhor amigo, isso mesmo! Se você tem um (ou mais de um) melhor amigo você vai entender o que quero dizer. Seu melhor amigo vai te falar sempre a verdade, mas não vai te bater com ela. Vai querer sempre o melhor pra você, e celebrar quando você conseguir realizar o que queira. Não vai te deixar, por exemplo, desperdiçar seu dia, como fiz hoje. Tenho tentado ser essa pessoa pra mim, mas há dias em que eu vou falhar, como hoje, e tá tudo bem também. A gente não consegue ser o melhor que pode todos os dias. O que a gente não deve é se conformar com isso.

Eu tenho lido bastantes livros sobre self-improvement (desenvolvimento pessoal), vários de psicologia da força de vontade, procrastinação, hábitos, e até alguns de auto-ajuda, que são ruins, como livro, mas que deu pra pescar alguma coisa de boa. Como essa ideia de "seja seu melhor amigo" que vem de um livro de um cirurgião estético que morreu nos anos 70s. Apesar dos estudos citados nos livros de divulgação científica, serem quase sempre os mesmos, a perspectiva dos livros sobre os mesmos estudos, é diferente pra cada um. Agora eu estou, teoricamente, munida de estratégias para manejar certos hábitos ruins, na criação de novos, assim domando a procrastinação e finalmente fazendo o que descobri que é minha meta: ser uma pessoa melhor e fazer o meu melhor para as pessoas que amo e o meio onde vivo.

Então, o que exatamente faz com que eu passe um dia inteiro desperdiçando meu tempo?! Logo tempo, que é o recurso mais escasso que seres como nós, humanos, temos? Não me falta vontade, mas sobram hábitos ruins. E agora eu sei que não é porque eu não quero. Mas dificilmente eu conseguirei me livrar de todos, ou da maioria deles, porque é difícil mesmo. Pense em maus hábitos, como procrastinar, por exemplo, como um vício. E é um vício! Você tem o sistema de três partes: gatilho, ação e recompensa. Pense nas vezes que você precisou fazer algo, como um trabalho de escola, você ignorou isso para, sei lá, ver seu youtuber favorito, assistir stories e mais stories de pessoas que segue no Instagram, ou ficar na aba de "descobertas" desse aplicativo. Isso dá prazer, claramente, mas é vazio. Você não está realizando nada, só fugindo do que precisa fazer. Esse "prazer" de deixar algo pra depois, se enganado ao pensar: agora eu não to afim, mas mais tarde eu irei - bem, esse prazer é momentâneo e falso. Vem carregado de culpa, e te deixa mais e mais infeliz, se acumula, assim como suas tarefas ignoradas. É como eu sempre digo: fazer a coisa certa, é sempre o mais difícil!

Então, notando que eu não conseguirei me forçar a nada. Vou tentar uma estratégia que parece funcionar muito bem, que é: encontre um parceiro. Uma pessoa que possa te cobrar suas resoluções, e que ela mesma esteja vivendo situação semelhante, e também esteja nesse processo de desenvolvimento pessoal (no meu caso). Mas pode ser qualquer coisa, como alguém pra ser seu companheiro(a) de corrida, de academia, de leitura de livros, de alimentação saudável... E se você tiver a oportunidade de fazer isso em grupo, ainda melhor! O fato é que é muito fácil quebrar promessas feitas a si mesmo, mas é mais difícil quando tem outra(s) pessoas esperando algo de você, te apoiando, e precisando também do seu apoio.

Então, vamos lá para o que é necessário:
  •  Um companheiro(a) ou grupo de pessoas que estejam na mesma vibe (basicamente pessoas com ideias e desejos similares aos seus);
  • Metas claras. Anote-as. De preferência algo realista, e com prazo - realista também, por favor!
  • Plano de ação. E quanto mais detalhado melhor. Quebre seu objetivo em várias etapas, e antecipe qualquer intervenção que possa acontecer no caminho. Tenha planos backup (reserva) para esses imprevistos. Anote tudo! Seja no papel, no celular, num arquivo do Word, mas anote;
  • Por fim, foco! Não seja ambicioso, se você tentar mudar tudo ao mesmo tempo, o que vai acontecer é que vai ficar muito mais fácil cansar disso muito rápido e chutar o balde. Se vai mudar alguma coisa em sua vida, comece pequeno e mantenha-se concentrado em fazer aquilo se realizar. O que a ciência descobriu é que, em geral, a criação de um bom hábito, como se exercitar ou controlar as finanças (um ou outro por vez, ok?), tem o poder de reverberar pra todas as áreas de sua vida, de forma natural. Não é lindo?!
Se você quiser fazer sua própria pesquisa, o que recomendo fortemente. Afinal é sempre bom procurar melhorar a si mesmo. Os livros que li, ou estou lendo sobre o assunto são:

  • Força de Vontade - Roy Baumeister e John Tierney;
  • O poder do hábito - Charles Duhigg (ainda não terminei, mas é um ótimo livro); 
  • Solving The Procrastination Puzzle Audiobook - Timothy A. Pychyl (infelizmente não tem versão em português, até onde sei. Mas é muito bom e curtinho);

E os de auto-ajuda que tentei ler, mas não rolou pra mim. Mas talvez seja mais a sua praia:


  • O milagre da manhã, de Hal Elrod;
  • Como Vencer os Sentimentos Negativos - Maxwell Maltz (esse é dos anos 60s); 
Além de claro, inúmeros vídeos, artigos e matérias na internet que falam a respeito desses assuntos. Escolha o que mais te convém, e seja feliz!

O vídeo que me fez publicar esse texto:

https://www.youtube.com/watch?v=tWHVqFKC5og

Recomendo também o canal da Jout Jout Prazer, muito bom! 

https://www.youtube.com/user/joutjoutprazer