Eu deveria escrever uma poesia, pois estou frustrada, e é isso que faço quando estou frustrada e não posso/não quero falar sobre o quê. Pra quem lê esse blog (alguém lê?!), não é novidade que sofro de depressão e ansiedade, entre outros males. E a pessoa comum, não ciente de que sofre de algo similar, ou que por alguma razão do universo, realmente pode se dizer mais ou menos "normal", não faz ideia que há pessoas que sofrem, sem mesmo ter motivo. Mesmo quando tudo dá certo. Mesmo quando você não tem nada do que reclamar. E é esse o momento que estou vivendo. A maioria das pessoas que me conhece não sabem, mas eu estou fazendo Agroecologia no IFS (Êêh!), frequentando aula há alguns dias já. E desde antes da inscrição no vestibular era o que eu mais desejava esse ano. Aquela coisa toda de alinhamento dos meus planos pro futuro e tudo mais. Correndo o risco de estar me repetindo, fiz um curso com o Otávio Torrão de manejo agroflorestal, e finalmente, depois de um ano querendo, entrei para o mutirão agroflorestal organizado por pessoas maravilhosas que tive o grande prazer de conhecer por lá. Não só eles, como todo mundo que conheci ou interagi desde então, me faz sentir muito privilegiada de estar presente, de participar... Conhecer, interagir, ser ajudada e apoiada por tanta gente legal, me faz sentir muito grata. E eu espero poder retornar toda essa boa energia. Tudo que eu queria era que meu estado mental e emocional atual correspondesse a toda essa boa energia que vêm sendo depositada em mim. Eu me sinto uma farsa, tenho medo de decepcionar as pessoas, de não dar conta, de estar sendo chata e inconveniente... E eu to beeem desesperada a respeito disso. Eu converso com as pessoas, sorrio. Tento passar uma energia positiva e mostrar meu prazer de estar alí, compartilhando aquele momento com elas. E isso tudo é verdade, eu não estou fingindo nada naquele instante. Mas assim que estou só, meu peito fica pesado. Eu me arrependo das interações que mantive, das coisas que falei, não falei, fiz ou não fiz. Eu preciso de ajuda! Eu estou me sentindo tão errada, e só! Por quê?! Por que minha mente dá tantas voltas pra me sabotar?! Que Jung me ajude! Quero fazer as pazes com minha sombra, me aceitar e apenas ser quem eu supostamente devo ser. Por que esse processo precisa ser tão solitário e doloroso? Quando eu vou me dar por satisfeita?!
Justificando o título: eu não sei lidar com as pessoas. Tudo me intimida! E essa dança social, tem mais passos do que posso dar conta. Eu só queria conversar com alguém que tivesse paciência pra me ouvir, e não julgasse as sandices que saem de minha mente. Se eu não falar ou escrever, sinto que vou explodir. Sinto que esses pensamentos vão me enlouquecer. Eu deveria só me trancar num quarto e falar em voz alta por horas! Por favor, que eu tenha uma quantidade de sanidade o suficiente pra passar desse momento inicial, e tão novo pra mim. Pra que eu possa ser quem eu devo ser.
Deveria parar com sua autocrítica e parar de tentar ser perfeita. Tentar agradar os outros é uma das piores torturas que uma pessoa infringe a se mesma.
ResponderExcluirConcordo com tudo isso que você disse. Eu posso estar querendo agradar as pessoas. Mas eu não sinto isso. Sinto apenas que quero retribuir o que elas me proporcionam. E acredite, não to tentando ser perfeita, estou tentando aceitar minha imperfeição, e apenas ser eu. Sem achar que vou causar sofrimento por onde passar. No processo, talvez esteja querendo me passar de perfeita... Nossa mente nos sabota o tempo todo!
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