Meses depois de se tornar uma tarefa tida como impossível, lembro da música espontaneamente enquanto assistia à entrevista do Mario Sergio Cortella ao Gentili. Antes, em vão recorri ao google, sem nenhuma memória de letra ou nome da banda, só o sentido, e claro, não obtive sucesso algum. Mas, assim que o Cortella lembrava de letras das músicas do Ultraje, me vem a letra acompanhada da marchinha, e pronto! E quantos canalhas mais ainda há!
Hino dos Cafagestes - Ultraje a Rigor
Nós, os cafajestes do Brasil
temos como missão cafajestar
queremos nossas esposas prá chifrar
e o povo prá enganar
Filhos nos quatro cantos do Brasil
pensões que nós deixamos de pagar
contamos com o respaldo popular
em qualquer lugar
Canalhas!
em qualquer posto dessa nossa sociedade
os cafajestes do Brasil
podem viver com toda liberdade
Música que dá o título a esse post: http://letras.mus.br/ultraje-a-rigor/76481/
Entrevista com o grande Filosofo Cortella (e um milhão de piadas ensaiadas e sem graça do Gentili e seus colegas): https://www.youtube.com/watch?v=UoQ8CvaYHBw
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Hino dos cafajestes
Marcadores:
banda,
canalha,
cortella,
entrevista,
filosofia,
gentili,
google,
hino dos cafajestes,
mario sergio cortella,
música,
ultraje a rigor
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
O vergonhoso descaso com o próximo num país dito de cristãos
Pobreza e ignorância quase nunca é escolha. Mas para algumas pessoas é quase como uma doença contagiosa. Não chega perto de pobre, e se vangloria de ser educado (no sentido de ter estudado). Separando-se dos demais "miseráveis". Quase sempre atirando pedras aos que tentam pôr luz nos problemas sociais mostrando que muito disso é culpa do nosso descaso, nossa separação com relação ao outro humano, o que sofre as injúrias de maus governos, consequência de atitudes que não mudam há séculos.
Claro que eu tenho medo de ser assaltada, ou sofrer qualquer forma de violência por parte dos marginais que a nossa sociedade criou. Mas isso não quer dizer que eu concordo que essas pessoas praticam violência porque nasceram pra isso. Nada do que iremos fazer é definido no nascimento, ou antes disso. Retire os bens materiais de um grupo, não os dê condições de viver dignamente, os isole do resto da sociedade, os diminuindo como indivíduos por um bom tempo, prive-os de oportunidade de crescimento pessoal ou de comunidade, e você terá, possivelmente, o mesmo resultado que temos hoje com a maioria (não todos!) dos pobres que moram em favelas ou periferias, e não só daqui, mas talvez do mundo.
Muitas pessoas não fazem ideia de como surgem diferenças sociais, e principalmente, de como essas diferenças se sustentam ao longo do tempo. E não se importam nada com isso. Porque elas estão bem, e é isso o que interessa no fim das contas. Sei que o moleque que mata para assaltar é assustador, mas pense nele como produto de uma máquina ainda mais assustadora. E pense que você é uma peça dessa máquina. Sente-se a vontade com isso? Continua se abstendo de culpa e desejando que esse "produto" simplesmente "deixe de existir"? Melhor começar a ver o outro como responsabilidade nossa. Se importar com o outro é o que cura a sociedade, é o que pode consertar a máquina para que gere melhores produtos. É como com o planeta, cada um fazendo sua parte!
Ps: Engraçado essa coisa de "feedback", antes se lia apenas o texto do jornalista ou colaborador de uma revista ou jornal. Caso você não discutisse o assunto com alguém, aquilo ficaria só pra você. Não geraria mais debate. Hoje, qualquer um (até quem não tem opinião a respeito do assunto) pode comentar um texto. E muitas vezes alguns comentários de poucas linhas são até mais interessantes que uma página inteira sobre o tema. Como também, em muitos casos, não se encontra nada de útil nessas respostas. Só alfinetadas políticas (de politicagem: "coxinhas" x "petralhas") ou qualquer baboseira ainda mais insignificante ou repugnante. As vezes o autor lhe causa um espanto, como neste texto onde soube da morte ignorada do garoto Christian Andrade, de 13 anos que tentava proteger uma idosa. Aquilo te dá um nó na garganta. Um sentimento de impotência diante dos fatos sob os quais não se tem poder algum, pois já passou, e a morte não se cura. Daí um comentário desperta sua fúria, quando tenta jogar tudo de volta para escuridão alegando ser tudo só falácia. Lembro das pessoas que dizem "Tá com pena? Leva pra casa então!" a respeito dos marginais. Fico aqui pensando, que muito "marginal" tem mais coração do que muita gente tida como "de bem".
Ps: Engraçado essa coisa de "feedback", antes se lia apenas o texto do jornalista ou colaborador de uma revista ou jornal. Caso você não discutisse o assunto com alguém, aquilo ficaria só pra você. Não geraria mais debate. Hoje, qualquer um (até quem não tem opinião a respeito do assunto) pode comentar um texto. E muitas vezes alguns comentários de poucas linhas são até mais interessantes que uma página inteira sobre o tema. Como também, em muitos casos, não se encontra nada de útil nessas respostas. Só alfinetadas políticas (de politicagem: "coxinhas" x "petralhas") ou qualquer baboseira ainda mais insignificante ou repugnante. As vezes o autor lhe causa um espanto, como neste texto onde soube da morte ignorada do garoto Christian Andrade, de 13 anos que tentava proteger uma idosa. Aquilo te dá um nó na garganta. Um sentimento de impotência diante dos fatos sob os quais não se tem poder algum, pois já passou, e a morte não se cura. Daí um comentário desperta sua fúria, quando tenta jogar tudo de volta para escuridão alegando ser tudo só falácia. Lembro das pessoas que dizem "Tá com pena? Leva pra casa então!" a respeito dos marginais. Fico aqui pensando, que muito "marginal" tem mais coração do que muita gente tida como "de bem".
Reflexão sobre o texto e comentários do link: Baile do medo de Marcelo Freixo
Marcadores:
comentário,
descaso,
favela,
feedback,
Folha,
ignorância,
indignação,
insensibilidade,
marginalidade,
periferia,
Pobreza,
politicagem,
problema,
sociedade
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Reforma familiar
O texto da Rosely Sayão*, fala de dados sobre algo preocupante. O exagero
do uso das tecnologias e o afastamento do vínculo social primário: a
família. Em seu texto há apenas números que mostram pesquisas com filhos
que se sentem "trocados" pelo celular. Os pais estariam usando demais
seus smartphones e não dando a atenção necessária para seus filhos. Num
dos comentários ao texto alguém cita que as crianças e adolescentes não
são diferentes, abusando do uso desses aparelhos e se ausentando da
interação com a família. Basta que fiquem sem essas tecnologias, pra que
se note a diferença, afirma.
Porém, o que acontece, na verdade, é uma
evolução de mídia. Antes, tanto os pais (adultos), quanto os filhos
(crianças e adolescentes) tinham como meio de entretenimento em casa,
apenas a televisão. Nesse caso, fazia-se a vontade do mais forte, geralmente os pais! Lembro de nunca ver televisão nos horários das
atrações infantis, quando minha mãe e vó estavam em casa era só novela.
Para assistir a programação que eu queria, ou negligenciava as rotinas
domésticas pela manhã, quando as duas não se encontravam. Ou aproveitava
a sua ausência às tardes e mudava de canal. Saudades da TV Cruj no SBT,
e dos desenhos vespertinos da TV Cultura, que só conseguia ver a muito
custo, e já na adolescência!
TV é uma tecnologia que pode ser
aproveitada por quantas pessoas estiverem no cômodo. É uma experiência
coletiva. Computador, tablet e o famigerado Smartphone, geralmente não.
Digo geralmente porque já desfrutei de vídeos no computador ou
smartphone na companhia de alguém. Dá pra fazer, claro, mas não é o mais
comum. Como com um livro, é uma experiência mais individual. E há tantos
usos para esse aparelho, posso jogar videogames, interagir com outras
pessoas, ler (dificultado pelo tamanho da tela, mas possível), e o meu
favorito: ver vídeos no Youtube. Esses são apenas alguns exemplos da funcionalidade
dessa tecnologia usada em conjunto com a internet.
Claro que haverá uma
alienação. Somos impelidos a procurar por atividades que nos dê prazer,
é de nossa natureza. Os deveres são chatos, e a convivência, nem sempre
fácil e satisfatória. Todos sabem, mas parecem ignorar, que fazer parte
de uma família é ótimo, mas traz aborrecimentos. Muitas vezes
exageramos e os transformamos em problemas. Por isso também, a fuga. Não
podemos culpar os smartphones, e sua capacidade de nos distrair, por
destruir famílias. O que afasta os indivíduos não está em aparelhos e
novas tecnologias, está em nossa natureza. De viver sob uma falsa
alegação de que não temos problemas.
Muitos pais de ontem, deixaram a televisão criarem seus filhos. Ou por falta de tempo de estar com eles por conta de trabalho, ou porque não sabiam o que fazer com essas crianças. E é o mesmo que vejo muitos pais fazerem hoje, só que com videogames, smartphones e internet. Nada mudou! A sociedade "tenta" nos preparar para ter uma carreira, para ter uma família. Ao menos, é o que ela nos cobra quando adultos. Mas ninguém nos ensina a ser pai ou mãe. O cuidar geralmente se resume a alimentar e vestir. Uma criança necessita de muito mais que isso! E não estou falando de nada material. Precisa que se importem com ela. E que façam parte de sua vida o tempo inteiro. Nada deve ser ignorado ou negligenciado quando se trata de um filho.
Muitos pais de ontem, deixaram a televisão criarem seus filhos. Ou por falta de tempo de estar com eles por conta de trabalho, ou porque não sabiam o que fazer com essas crianças. E é o mesmo que vejo muitos pais fazerem hoje, só que com videogames, smartphones e internet. Nada mudou! A sociedade "tenta" nos preparar para ter uma carreira, para ter uma família. Ao menos, é o que ela nos cobra quando adultos. Mas ninguém nos ensina a ser pai ou mãe. O cuidar geralmente se resume a alimentar e vestir. Uma criança necessita de muito mais que isso! E não estou falando de nada material. Precisa que se importem com ela. E que façam parte de sua vida o tempo inteiro. Nada deve ser ignorado ou negligenciado quando se trata de um filho.
Falo isso porque fui filha, e por mais que, na época, mesmo que quisesse minha
"privacidade" quanto a muitos aspectos. Careci de mais interferência de
minha família. Mas não posso culpar minha mãe. Ela fez o que pode com o
que tinha. E a ela, sou grata por muito do que sou hoje. Só quero deixar
registrado que o problema não é a nova tecnologia, são as velhas
instituições. A família também precisa de uma reforma.
Pensando sobre o assunto deste link: A Importância do Vínculo*
Marcadores:
comentário,
educação,
família,
filhos,
Folha,
jornal,
leitura,
online,
pais,
problemas,
relação,
Rosely Sayão,
smartphone,
sociedade,
tecnologia,
televisão,
TV,
videogame
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Luz!
Começando este blog apenas porque achei que "rudemental" era um trocadilho genial para um blog onde eu poderia postar meus textos rudimentares de livre pensamento sobre tudo que acaba me indignando, me deixando estupefata. Como acontece com os textos que escrevo, este nome pode deixar de ser genial na minha cabeça, mas é bom ter um lugar próprio onde "guardá-los". Afinal, ninguém usa o Google+ (ao menos até agora, é a mesma coisa do Bing, nem adianta forçar). Então, lá vai minha diarreia mental!
Assinar:
Postagens (Atom)